Y
YABÁS
Orixás femininos ligados á água. São representação da concepção e da continuidade da vida: Yemanjá, Nana, Oxum, Oyã, Obá, Ewá
Nas civilizações de cariz africano, desde sempre se fizeram festas para se sacralizar os frutos da terra, ou melhor para colocarem o presente dos ancestrais num nível que pudesse ser tocado pelos seres humanos a partir da concepção de que tudo o que sai da terra pertence a esta e é tão sagrado quanto a mesma.
As frutas, especialmente, estão ligadas às Yabás, pois como estas, são verdadeiros ventres que guardam as sementes.
As frutas, especialmente, estão ligadas às Yabás, pois como estas, são verdadeiros ventres que guardam as sementes.
Nos terreiros de Candomblé e Umbanda de Nação, estes princípios ancestrais ligados á terra, aos rios, ás cachoeiras, ás matas, ao mar, aos ventos são representados por mulheres guerreiras, caçadoras, comerciantes, médicas e artistas.
Diz-se que elas estão em toda a parte, no céu, como na lua, nas estrelas, no mar encantada em qualquer peixe, sobre a terra em todos os seres vivos e no ar, movimentando-se como o beija flor, a borboleta, as abelhas ou qualquer pássaro, um dos seus símbolos.
De acordo com a tradição e suas lendas Elas têm o poder de se transformar ou de se encantar:
• Yemanjá “a Mãe dos Orixás” encanta-se como qualquer peixe;
• Oyã também se encontra, ora num leopardo, ora num búfalo.
• Oxum a Yabá que “vestiu de planta?”
• Ewã, a caçadora com o poder de ficar invisível
• Yemanjá “a Mãe dos Orixás” encanta-se como qualquer peixe;
• Oyã também se encontra, ora num leopardo, ora num búfalo.
• Oxum a Yabá que “vestiu de planta?”
• Ewã, a caçadora com o poder de ficar invisível
Assim, temos a certeza que Elas estão presentes em toda a nossa vida.
Presidem a todos os ritos de passagem, assim como nos acompanham desde o nascimento até à morte.
Presidem a todos os ritos de passagem, assim como nos acompanham desde o nascimento até à morte.
• Obá guardiã de todas as mulheres;
• Nana, a mãe criadora e princípio da transformação
• Nana, a mãe criadora e princípio da transformação
Elas representam a feminilidade e, por conhecer a memória do corpo, transmitem suas histórias, afectos e conflitos. Elas guardam no seu ventre um poder que ninguém senão Elas possuem: o poder de gerar e dar vida a outros seres.
O elemento água é comum a todas Elas. E tal como a água, o amor em suas diferentes manifestações alimenta a alma, dá-lhe vida, preserva-a e transforma-a.
As Yabás podem fazer que façamos uma reflexão sobre como viver e experimentar os sentimentos dos diferentes modos de vida, que tal como a água, apresentam vários estados. Sendo assim, é possível á mulher viver e cultuar as suas forças e vibrações energéticas interiores. As Yabás das quais descendem e das quais herdam a feminilidade em suas variadas nuances e cores, sabendo que o seu Eu é sagrado e deve ser vivido e cultuado na totalidade.
Nas Yabás há um pouco de todas as mulheres e muito de várias mulheres que habitam uma mulher.
(um texto já escrito mas que partilho – é a minha forma de homenagear as Yabás que estiveram no nosso Terreiro. E que mais uma vez nos alegraram o coração)
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