DESMISTIFICANDO O HOME M E A SUA EXISTENCIA

Lilith, a primeira esposa de Adão, criada ao mesmo tempo que Ele e da mesma matéria a terra, cujo único “crime?” foi o de nunca se submeter a Ele. Impondo-se com uma personalidade própria, forte, insubmissa e revolucionária. Chamemos-lhe a primeira mulher com carácter de imposição da sua presença no feminino, sem nunca se submeter ao masculino.
“Lilith entrou em contradições com Adão, costumava dizer que ela e Adão eram iguais, já que ambos vieram da terra. Lilith queria liberdade de escolher, opinar, decidir. Queria os mesmos direitos do homem. Discutiram sobre esse assunto e Lilith, rebelada, pronunciou encolerizada o nome de Deus, fez acusações a Adão e fugiu para a região do Mar Vermelho, que era habitada por demónios e espíritos malignos segundo a tradição hebraica. Lilith se torna então a esposa de Samael, o senhor das forças do mal. (há contradição do termo esposa, porque o mais correto seria que Samael teria feito com Ela um acordo, mas isso até nem é importante).
Conta uma certa narrativa que Ela encontrou Caim desterrado, após ter assassinado o seu irmão Abel. Triste, desolado, abandonado por todos e pelo Deus que o ama, mas ao mesmo tempo amaldiçoado para procurar na escuridão a sua redenção.
Caim estava amaldiçoado e só alguém que também tinha sido amaldiçoada e condenada a viver nas trevas e, que tal como Caim, também sentiu o medo e o frio, e a sua única convivência era com animais acostumados á escuridão.
Lilith no meio da noite tinha olhos que brilhavam, de um verde luminoso como as folhas das árvores e das estrelas. Eram olhos ternos que aos poucos nos fazia esquecer o medo e a tristeza que sentia. Era uma linda mulher com pele alva como a neve, os cabelos tão negros e compridos como a noite e a boca de um vermelho suave. Era assim que vimos Lilith, a primeira mulher.
Naquele tempo, Ela fez com que surgisse dentro dele um sentimento de confiança e que ela não o iria trair do mesmo modo que os outros que o deixaram quando Deus desaprovou o sacrifício da morte de Abel.
Lilith levou-o para o seu refúgio onde o fogo dava luz que ela não poderia receber do Sol. Os anos passaram e a confiança entre os dois cresceu, ao ponto de Lilith partilhar os segredos da terra e da noite. Sentimento que foi crescendo e com o tempo, eles passaram a amar-se.
Amor que não sendo puro (porque Lilith foi a primeira esposa de seu pai) foi ignorado pelos sacros, por ter origem em dois seres malditos. Lilith engravidou de Caim. Nasceu um menino que dizem, ainda está entre nós…será? – Fica para outra ocasião o desvendar deste filho na humanidade.
Por vezes somos confundidos com o que escrevemos e, sem necessidade procuramos explicações para a escrita, mas histórias são histórias e estórias são coisas diferentes, mas com mo realismo material e outras contadas e narradas, por quem as viveu e junto do nosso ouvido nos abre um pouco o véu da sua existência. Eu acredito, se não acreditasse, não escrevia e, se escrevo, nada mais faço do que transformar sonho em letras e frases. É a magia de termos ouvidos para ouvir e transformar essa audição numa narrativa entendível.
Para aqueles que acreditam que após a passagem de Abel o mundo se transformou em nada, aqui está a prova de que para tudo existe duas versões da vida, porque só uma delas faria com que a terra hoje fosse uma paraíso seco, sem humanidade.
Após a morte de Abel, Caim foi desterrado para a terra dos “Filhos do Homem” e como tal os “Filhos do Homem” cresciam e prosperavam fora do Éden. Experiencias de vida que hoje nós continuamos convivendo com o bem e com o mal, o dia e a noite, a luz e a escuridão, da sabedoria e da ignorância, a realidade e a ficção, etc. e é aqui que o Homem e a Mulher conseguiriam sobreviver, nos erros aprender a evoluir.
E por último, sem amor jamais o homem e a mulher sobreviveriam na inospitalidade dos tempos de ontem, de hoje e amanhã, tendo em conta a Lei suprema da reencarnação e na certeza de que um dia todos estaremos convivendo com o bem.
Dizem que Lilith incorpora na Umbanda como uma Pomba-Gira, que muitas vezes a consideram uma Deusa, mas não é considerada como tal, embora ela tenha traços dessa Deusa (Lilith) e, como tal Ela jamais será companheira de qualquer homem, porque só quem teme é capaz de amar Lilith, enquanto isso treinamos com a Eva.

Eu, (Teófilo) gosto principalmente desta ultima frase. Este texto não é meu, mas tem assinatura…

O Ramalhudo


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