Respeito pela “Declaração
Universal dos Direitos Humanos”
Artigo 18° Toda a pessoa tem
direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito
implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a
liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em
público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.
A intolerância religiosa nada
mais é do que um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes
crenças e religiões, até porque a religião e a crença de cada um não deve
constituir barreiras a melhores relações humanas.
Todos devem ser tratados e
respeitados de maneira igual perante a Lei, independentemente da sua orientação
religiosa e nunca deve a crítica religiosa ser confundida com a intolerância.
Ao longo dos séculos muitos foram
os actos praticados e que indiciaram sempre uma forte intolerância para com os
outros, veja-se as cruzadas e as missões missionárias em África e no Brasil.
Quantas vezes usando o nome de Deus se foi intolerante com as outras formas de
interpretar e chegar a Deus.
Hoje em dia as religiões
Afro-Lusa-Brasileiras (parafraseando o Pai Artur) são alvo de uma discriminação
acentuada pela forma como interpretam Deus e cultuam os seus Ancestrais. Os
Orixás são forças energéticas da natureza que foram criados pelo mesmo Deus que
todas as religiões cultuam. Todos temos o mesmo início, a mesma semente, por
isso temos a obrigação de entender a forma de estar dos outros em função da
nossa. Temos a obrigação de aceitar a diferença sem impor.
Todos somos filhos do mesmo Pai,
somos filhos do mesmo caminho, por isso deveríamos todos de respeitar a vida, a
religião, a cultura, a sociedade onde cada um está inserido. Impor a adoração a
um Deus é a pior maneira de tratar um povo e que, mais tarde ou mais cedo, essa
“guerra santa???”, termina em desatino, porque cada povo se sabe defender, sabe
guardar a sua cultura e acima de tudo sabe entender e esperar pela protecção de
Deus, porque Ele sabe que os que sofrem com a intolerância pela sua crença,
mais tarde ou mais cedo, os intolerantes sucumbirão ao poder desse Deus, único,
tolerante, amante e que está sempre presente, mas que também pela Sua infinita
justiça deu aos homens algo que os impede de se tornarem Deus, o livre
arbítrio. Imponham o que eles quiserem, porque se não for obra de Deus, um dia
as Leis universais farão a sua justiça e terminará com esta mania que o ser
Humano tem de impor a outro ser Humano a sua forma de pensar e de adorar. Ele
bem que nos avisou de que a Besta iria ressurgir e que os falsos profetas iriam
aparecer prometendo tudo, se os adorarem, por isso o ódio que hoje singra nos
nossos dias, para aqueles que embora amando o mesmo Deus, o cultuam de forma
diferente.
Basta seguir a máxima de que
todos os caminhos vão dar a minha casa… a pureza está no amor com que
caminhamos na Fé nesse Imenso e Glorioso Deus, Pai único, que a única coisa que
pede é “Amem para serem amados”, porque a intolerância, muitas vezes começa em
nós próprios, sejamos sementes de um Deus que nos ama e, se ele nos ama, como
poderemos ser intolerantes com os outros. Deus é amor e como tal, só amando
deixaremos de ser intolerantes.
Porto, 25 de Junho de 2015
Comentários
Enviar um comentário