Fumo e bebida na Umbanda

É a minha opinião sobre este assunto...sou apologista e defendo a utilização do fumo e bebida nos trabalhos, embora terá de haver sempre um control da sua utilização...o Médium tem de ser responsável perante a entidade e caso a caso fazer uso dos materiais de trabalho.

Alguns teóricos, nomeadamente no campo espirita têm denominado de atrasados os espíritos que vêm realizar o seu trabalho, cumprindo a missão que lhe foi dada pelo Pai Maior, só porque utilizam o fumo e a bebida para trabalho...uma entidade de Luz jamais utilizará o fumo e o alcool para seu belo prazer, mas simplesmente para limpar o ambiente de trabalho e o consulente, não tenhamos medo das entidades que usam o fumo e a bebida simplesmente pelo facto de que um Preto Velho que carregamos é uma entidade de Luz e ele "pita" Seja Bem vindo Meu Pai...


Na Umbanda Quando uma Entidade ou Guia Espiritual pede, por exemplo um charuto, antes de acendê-lo Ele o “consagra”, ou seja, dá um endereço energético, realçando dessa forma 3 factores importantes: A Erva – O Fogo – O Sopro
A ERVA: Quando despertada pelo seu lado sagrado tem o seu lado purificador e curador activados, sendo bloqueado pela entidade os elementos nocivos que prejudicam o organismo;
O FOGO: A cinza do fumo torna-se nas mãos da entidade um óptimo consumidor de miasmas negativos que limpam o campo áurico do consulente, incluindo os charcas e o campo físico;
O SOPRO: Entidade não fuma Ele “PITA”, ou seja, a fumaça não chega à garganta do médium mas sim fica dentro da sua boca para que através de ectoplasmas ele possa formar o campo que vai retirar do local onde assopre as cargas negativas;
É fácil de compreender quando o médium volta e não sente sequer o gosto do fumo na sua boca e não se vicia, ou seja, após a gira não sente vontade de fumar
No caso das bebidas alcoólicas a prática é a mesma porque no caso da cachaça (por exemplo), é nada mais, nada menos do que um elemento vegetal, porque a cana-de-açúcar tem ligação com a terra e a natureza em si que movimentada por uma Entidade é muito usada para reter cargas negativas que se encontram no campo de forças do consulente.
Não é preciso beber uma garrafa de pinga para a entidade mostrar a sua força e dizer que está ali, normalmente se utiliza apenas dois dedos de bebida, que muitas vezes não é consumida, mas sim imanta com a sua força, despertando no mesmo a sua capacidade e força líquida, permitindo que possa trabalhar sem sequer degustar o seu paladar.
A bebida e o fumo são utilizados dentro dos fundamentos da Umbanda, não fazem o mal, nem nos ligam a seres atrasados. O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada na Umbanda.

Se eu tomar a ideia de que Zélio de Morais quando incorporou o Pai António, veremos como ele foi tratado por simplesmente pedir: (…)Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque busca (…)
(…) Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: "- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá". Após insistência dos presentes fala:
Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo".

Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".
 Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de"Guia de Pai Antonio".


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