Dia 13 de Maio, quando é lembrada a história da
abolição da escravatura e que na Umbanda é comemorado o “Dia do Preto Velho.
Preto Velho que representa o espírito da superação
e da transcendência de seres que sofreram na carne todas as torturas (físicas e
psicológicas) infringidas por aqueles que tratavam os negros como objectos de
comércio na procura de grandes lucros para os senhores. Após sucessivas
reencarnações, os Pretos Velhos obtiveram e se transformaram em espíritos de
Luz e que ao comunicarem através do canal da mediunidade connosco nos oferecem
a beleza da palavra e os conselhos que só os sábios sabem oferecer, sem pedir
nada em troca.
São espíritos Guisa de elevada sabedoria,
feiticeiros poderosos que dominam a arte do “uso de ervas” para trabalhar
medicamentos espirituais, através das suas mandingas.
Têm o dom da misericórdia.
A falange (linha) de Pretos Velhos que hoje
homenageamos (13 de Maio) é um ser espiritual terno, maravilhoso que representa
a paciência e a calma essencial para a nossa evolução. Por isso quando estamos
na frente de um Preto ou Preta Velha, o que nos ressalta na memória é calma,
sabedoria, humildade e caridade. Por terem sido escravos oriundos de várias
nações africanas e, transformados em mercadorias, ou como se dizia naqueles
tempos “sem alma”, considerados, simplesmente, objectos de venda para o
trabalho. Mas, com o passar dos tempos e envoltos no seu sofrimento, jamais
perderam as suas raízes no seu horizonte cultural e social e através do sincretismo
conseguiram passar de geração em geração as suas raízes culturais assentadas no
culto aos Orixás e antepassados, preservando até hoje toda a sua identidade.
Preto Velho representa a humildade, nunca
demonstrando qualquer sentimento de vingança contra as atrocidades e humilhações
sofridas no passado.
Preto Velho presta ajuda a todos os que necessitam,
independentemente da cor, sexo ou religião.
Preto Velho obteve e alcançou já uma grande
evolução que lhe permite estar a cumprir a sua missão na terra sob qualquer
forma passada.
[Para isso em cumprimento a Lei Áurea – [Lei imperial
n.º 3553] sancionada em 13 de maio de 1888. Diploma legal que extinguiu a escravidão
no Brasil, assinado por D. Isabel, princesa imperial do Brasil e regente do
império, e que ficou conhecida como “A Redentora”]
ADOREI AS ALMAS – DIA 14 DE MAIO FESTA EM HOMENAGEM
AOS PRETOS VELHOS NO TUPOMI
Teófilo Pereira/ Maio 2016
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