O sentido básico da palavra “religião” será religação, ou seja tornar a ligar algo que foi desligado, ou seja, a Humanidade que foi desligada de Deus.

E ao longo de “eras” essa palavra tem tomado outro entendimento, muitas vezes longe do significar a religação com Deus. E inclusive distorcida em proveito próprio de governantes e teólogos.

A verdadeira religião são as pessoas, até porque o Nazareno não amou a religião. Ele amou as pessoas. Ou seja a verdadeira religião é o amor e a melhor filosofia é praticar o bem.

É a procura incessante de nós próprios, porque nós somos a ligação com Deus. Por isso a religação de nós com o Divino, primeiro praticar o amor interno e só depois procurar amar os outros.

E o primeiro mandamento á amar a Deus e por conseguinte amar-nos a nós próprios, porque somos á sua semelhança e temos dentro de nós (todos) a verdadeira centelha da Luz divina. Deus é o todo e nós somos um átomo desse todo.

Nascemos e Renascemos por força desse ADN que nos mistura com o propósito de sermos humildes nos actos e atitudes para connosco e para com os outros.

É neste contexto que nós somos e fazemos parte do conceito de religião, porque desde o primeiro dia estamos na procura incessante de quem somos e para onde vamos.

Religião nos encontra por qualquer motivo ou necessidade porque o caminho é desbravado por nós com a ajuda (sempre) dos que nos guiam pela eternidade na procura do conhecimento e da sabedoria interna.

Sejamos humildes, respeitemos a ancestralidade que nos deixou vestígios para nós encontrarmos a nossa própria identidade politica, cultural, religiosa ou filosófica, não somos nada sem esse encanto da procura da Luz divina que transportamos.

Humildade não é ser pobre, é ser uma pessoa honesta e sincera, que não tem amigos por dinheiro ou por interesses, mas pelo que eles realmente são… E assim somos os primeiros a entender a palavra religião, seja ela qual for ou se denominar, o factor principal de qualquer um delas, terá sempre de ser as pessoas e nunca o Homem que a idealizou ou criou, O Nazareno não criou nenhuma religião, simplesmente amou e se entregou por esse amor á Humanidade. Oxalá meu Pai eu entenda este propósito.

Teófilo Pereira – Projecto Folhas Umbanda – Julho 2018